27 de set. de 2010

FIOS ORTODÔNTICOS FLEXÍVEIS





Há alguns anos o nivelamento dos dentes caracterizava-se pela troca do calibre do fio de aço inoxidável, de 0,012” até 0,020”. Nessa fase de tratamento, a incorporação de alças aos fios para corrigir giro-versões, inclinações e angulações dentárias era uma prática comum nos consultórios dos Ortodontistas. Isso tornava o tratamento mais longo e trabalhoso, pois a incorporação de molas, para simular sistemas com maior flexibilidade, exigia maior consumo de tempo e, muitas vezes, trazia grande desconforto aos pacientes.
Com o maior conhecimento das propriedades metalográficas, mecânicas e biológicas das ligas utilizadas em ortodontia e o surgimento de novas ligas metálicas como as de Níquel-Titânio (que apresentam o efeito de memória de forma, ou seja, a habilidade de retornar a sua forma original), e TMA (Titânio Molibidênio), com propriedades cada vez mais compatíveis com as respostas biológicas, abrem-se para o clínico muitas possibilidades de escolha do material, conforme a situação clínica requeira maior ou menor rigidez em um determinado segmento de arco.10,17 Alguns autores, advogam que, em certas fases do tratamento, as ligas ortodônticas devem apresentar como caracterísctica fundamental uma grande deflexão elástica, isto é, produzir uma força mais constante durante o período de movimentação do dente. Esse conceito de flexibilidade (deflexão) deve ser entendido como a característica desses fios de memória de forma (niquel-titânio) de apresentarem um grande alongamento com pequenos níveis de tensões aplicadas,  seja, quando se compara o alongamento das ligas de níquel titânio com as ligas de aço inoxidável, que apresentam grandes tensões para pequenas deformações.

R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 4, p. 72-76, jul./ago. 2000



Wires Characterization of “Shape Memory” and Clinical Applications

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